Hip Hop: um movimento sem dono?

Sem dúvida, em qualquer lugar onde essa matéria seja lida, já houve quem se proclamasse dono do movimento Hip Hop em sua comunidade. A pergunta que surge é: o Hip Hop tem um dono?

A resposta é um enfático NÃO. O Hip Hop não tem proprietários, muito menos limites. Ele está em constante crescimento e evolução. Certamente, temos ícones, mas não há donos. Existe uma dualidade no Hip Hop – há muitas coisas boas, mas, sem romantizar, também há muito lixo, na minha opinião.

O Hip Hop completou 50 anos.

No ano passado, o Hip Hop completou 50 anos, meio século de história e construção. Devido à sua natureza sem fronteiras, o Hip Hop está sendo consumido cada vez mais pela classe média e alta, concordando ou não.

A muito tempo, o sistema já reconhece o poder do Hip Hop e o alcance que ele pode ter, além disso, o perigo que isso representa para os planos malignos daqueles que estão no poder, eles não querem jovens subversivos, mas sim, jovens cordeirinhos, dominados em rédeas curtas, acatando ordens.

Vale destacar que um dos seus elementos, o “Breaking”, agora é um esporte olímpico. Quem imaginaria que aquela “piazada” que dançava nas calçadas se tornaria um atleta olímpico, trazendo orgulho para o povo brasileiro?

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Derrota do governo fascista.

No Brasil, após a derrota do último governo fascista nas urnas, houve uma retomada de uma luta iniciada anteriormente, uma construção nacional com o Hip Hop, abrangendo todos os estados, cidades e municípios. Isso reuniu pessoas das velhas e novas escolas em prol do Hip Hop como algo comum.

Contudo, junto com essa retomada, surgem choques de gerações e a presença de figuras antigas que sempre se manifestam quando veem a oportunidade de agir. Geralmente, são aqueles que, no passado, tiveram todas as oportunidades para construir, mas o fizeram apenas em benefício próprio, longe de contribuir para o coletivo. São como raposas velhas que organizam reuniões seletivas, deixando a maioria de fora, com objetivos que se resumem a dinheiro e poder, distantes de beneficiar e fortalecer o coletivo.

Curitiba e o racismo estrutural.

Em Curitiba, uma cidade notoriamente racista, esse problema também afeta aqueles que “constroem o movimento”. Em uma reunião de construção, um homem negro foi ofendido e agredido por um branco elitista, e tudo ficou bem. Se a situação fosse invertida, as consequências para o homem negro seriam muito diferentes, evidenciando os vestígios do racismo estrutural e elitismo, mesmo em grupos destinados à construção.

Em Conclusão.

Para concluir este manifesto, optei por não expor nomes. Aqueles verdadeiramente comprometidos com a construção compreenderão as analogias acima. Fica claro que estamos atentos, mesmo em uma era onde a escrita e a leitura parecem perder espaço. Aqui, apresento minha opinião sem agredir ninguém, mas para os bons entendedores, meia palavra basta. A comunidade está observando quem são os verdadeiros e quem está tentando manipular o movimento como massa de manobra.

Aos que chegaram até aqui, peço que compartilhem com aqueles que são verdadeiros. PAZ.

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